Por: André | 20 Março 2013
O furacão Katrina varreu o Caribe e parte dos Estados Unidos, deixando mais de 1800 mortos e centenas de bilhões de dólares em prejuízos. Provavelmente nem a maior potência mundial aguentaria enfrentar desastres desse porte se acontecessem com grande frequência. Mas esse é o alerta que faz um novo estudo publicado nesta segunda-feira (18) no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
A reportagem é de Fabiano Ávila e publicada no sítio do Instituto CarbonoBrasil, 19-03-2013.
Segundo os pesquisadores, vinculados a diversas instituições como as Universidades de Pequim e de Copenhague e ao Centro de Oceanografia Nacional do Reino Unido, para cada 1oC de aumento nas temperaturas médias globais, a frequência de grandes tempestades no Atlântico pelo menos dobrará.
Assim, se as projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) estiverem corretas, e o planeta aquecer entre 2oC a 6oC até 2100, poderemos presenciar um furacão do porte do Katrina, de categoria 5 segundo a escala Saffir-Simpson, a cada dois anos.
Um dos autores, Aslak Grinsted, afirmou que dado o aquecimento já registrado durante o século XX a frequência de “Katrinas” já teria dobrado.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados desde 1923 e mediram as temperaturas quando ocorreram as tempestades que formaram os furacões. Depois, usando modelos computacionais, projetaram a frequência para essas tempestades em um futuro mais quente.
Estudos anteriores, incluindo avalizados pelas Nações Unidas, já afirmavam que o número e a intensidade de eventos climáticos extremos será maior em um mundo mais quente.
Em 2012, a Organização Meteorológica Mundial registrou que a região do Atlântico experimentou um número de furacões e tempestades acima da média histórica pelo terceiro ano consecutivo. O maior destaque ficou com o Sandy, que, assim como o Katrina, causou centenas de mortes e bilhões em prejuízos.
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Estudo afirma que furacões do tamanho do Katrina podem acontecer a cada dois anos até 2100 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU